quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

 

Pedagio 08


Mais um ano que começa e da-lhe carne nova no pedaço

Os bixos já começaram pegando pessado pra alegria dos veteranos, amanhã não percam as imagens exclusivas da chopada

Bixarada que não conhece o site ainda, clique na imagem pra ver mais fotos

domingo, 3 de junho de 2007

 
Decreto Declaratório: vencemos a luta?

Alterando somente questões administrativas, o decreto declaratório baixado por José Serra no dia 31 de maio de 2007 tende a enfraquecer o movimento de questionamento aos decretos anteriormente publicados que comprometiam toda a estrutura do Ensino Superior Paulista. Mas ainda há pontos cruciais existentes em decretos não alterados (ou não explicados, como preferiria o governador) que apontam para uma acelerada privatização das Universidades Estaduais paulistas.

Aparentemente a autonomia das Universidades Públicas paulistas deixou de ser tocada a partir do 1º Decreto Declaratório do governador do Estado de SP. No entanto a proposição de políticas para o Ensino Superior ainda continua sendo prerrogativa da recém criada Secretaria de Ensino Superior, como mostra o inciso I do 2º artigo do Decreto Nº 51.461, o qual diz que cabe a tal secretaria “a proposição de políticas e diretrizes para o ensino superior, em todos os seus níveis”. E o pior, coloca o mercado como um dos reguladores da demanda de ensino, pesquisa e extensão, como mostra o inciso II do artigo 21 do Decreto 51.461, o qual diz que também é função da mesma secretaria “sugerir políticas e executar programas, projetos e ações relativos à formação de profissionais qualificados em todos os níveis de ensino superior, de modo a atender as necessidades da população e as demandas do mercado”.

Outro fato a se considerar, esse a partir do Decreto 51.460, é a continuação da FAPESP e das FATEC’s na Secretaria de Desenvolvimento. Essa Secretaria tem por objetivo regular a economia do Estado, entre outras coisas, através do estímulo à pesquisa que fomente a criação de novas e competitivas tecnologias. Qual então será o principal papel da FAPESP? Fomentar pesquisas de base ou não operacionais? É evidente que não.

Dessa forma a onda de privatização das Universidades Públicas Paulistas passará agora a ter respaldo jurídico e certamente, como já indica a tendência atual, deflagrará a criação de uma série de convênios úteis somente à lógica do mercado, do lucro e do Estado que quer financiar a iniciativa privada. A Universidade Pública passará a ser mais ainda o laboratório de empresas privadas; e quais serão os produtos aqui desenvolvidos? A quem serão direcionados? As experiências presentes na Unicamp têm mostrado que é para um público economicamente favorecido. Isso é justo?

Se o movimento de Greve que se instaurou nessa Faculdade deveu-se também à perda de autonomia sobre as políticas que direcionam o Ensino Superior paulista, é necessário refletirmos se já é hora de abaixarmos nossas bandeiras. De nada adianta termos verba se não pudermos decidir como gasta-la.


 

Video muito bom sobre o Ato em SP


sábado, 2 de junho de 2007

 

Alunos da FEF marcam presença no ato em SP



Os alunos da FEF compareceram ao ato em SP nessa ultima quinta-feira em nº relativamente grande. Lotando um onibus e se mostrando muito organizada (com comissão de lanche e tudo mais) se fez presente no ato inclusive indo onde poucos ousaram a ir.



Agindo do jeito "FEF de ser" os alunos realizaram pequenas apresentações de malabaris, acrobacias e até cantando o Funk da Paralização (escrito pelo IA) conseguiram animar um pouco o que se mostrou um clima tenso entre manifestantes e policiais.



Alguns policiais declararam que o que foi passado para o comando foi que os manifestantes pretendiam invadir o Palacio dos Bandeirantes e ocupa-lo.

Jornalistas de meios de divulgação menos famosos reclamaram de serem barrados no cordão de isolamento por onde apenas grandes midias (redes de TVs e grandes jornais) puderam passar para acompanhar os acontecimentos mais próximos a sede do govberno estadual



Vale lembrar também que a grande maioria dos policiais estava sem identificação o que tornaria quase impossível uma denuncia se necessário

Veja mais fotos aqui
e aqui

sexta-feira, 1 de junho de 2007

 

INFORMATIVO DA GREVE NA FEF # 7 :: 01/06 SEXTA-FEIRA

A principal movimentação contra os decretos nesta quinta-feira ocorreu no Ato em São Paulo, quando cerca de 10 mil pessoas (entre estudantes, professores e funcionários das três universidades estaduais paulistas) saíram em passeata da reitoria da USP com destino ao Palácio dos Bandeirantes. No caminho várias centenas de policiais da tropa de choque impediram o prosseguimento da passeata, o que gerou o fechamento de parte do trânsito da cidade de São Paulo. No fim do dia, além de alguns focos de agressão contra os estudantes a manifestação acarretou lentidão no trânsito em 160 km. Uma comissão com representantes das entidades presentes no Ato foi convocada para negociação no Palácio, porém a passeata não pôde continuar. Cinco horas depois os manifestantes seguiram para uma plenária na USP. Nesta manifestação estiveram presentes cerca de 90 estudantes e 15 funcionários da FEF ED. FÍSICA UNICAMP EM GREVE Contra os decretos do Serra A faixa conduzida na passeata mostrou ao país todo a posição de nosso instituto.


GOVERNADOR EMITE NOVO DECRETO

O Governador José Serra emitiu ontem, 31/05, um decreto declaratório no qual afirma que os decretos anteriores, em alguns pontos, não se relacionam às universidades paulistas.

As questões alteradas são de cunho financeiro e administrativo das universidades, tratando das contratações e das licitações. Com relação ao decreto 51.461 de primeiro de janeiro de 2007, que trata da criação da Secretaria de Ensino Superior e de suas atribuições, foi retirada apenas a necessidade da autorização do governador para as questões financeiras da universidade, mas as diretrizes para o ensino continuam como função da Secretaria.


A PÓS-GRADUAÇÃO E A GREVE

Em reunião ocorrida nesta quarta-feira, os estudantes da pós-graduação da FEF apontaram três posicionamentos com relação a greve:

1- Apóiam o movimento, principalmente por parte dos estudantes

2- Endossam a ação do Comitê de Ética do comando de greve da FEF

3- São contra qualquer tipo de perda de autonomia das universidades.


Últimas Notícias

Ø Instituto de Economia, Instituto de Biologia e Enfermagem aderiram à greve esta semana.

Ø GGU realizou manifestação na METROCAMP na última quarta-feira, após apresentação.

Ø Próxima assembléia dos estudantes da FEF na segunda-feira às 19:00 h.

Ø Café da manhã no IFCH segunda-feira às 9:00 horas.


quarta-feira, 30 de maio de 2007

 

Ocupação da USP


Sobre a Desobediência Civil

Diante das manifestações de membros da comunidade acadêmica, inclusive de cientistas sociais, desqualificando a estratégia de desobediência civil e ação direta adotada pelos estudantes da Universidade de São Paulo que ocuparam a reitoria, gostaríamos de chamar atenção para alguns pontos.

Os críticos da ocupação enquanto estratégia argumentam que ela fere não apenas o princípio da legalidade, como também a civilidade e o diálogo e que, portanto, trata-se apenas de uma ação violenta, autoritária e criminosa.

As instituições civilizadas que esses críticos defendem, do voto universal para cargos legislativos até os direitos trabalhistas e as leis de proteção ambiental foram frutos de ações diretas, não mediadas pelas instituições democrático-liberais: foram fruto de greves (num momento em que eram ilegais), de ocupações de fábricas, de bloqueios de ruas. Não é possível defender o valor civilizatório destas conquistas que criaram pequenos bolsões de decência num sistema econômico e político injusto e degradante e esquecer das estratégias utilizadas para conquistá-las. Ou será que tais ações só passam a ser meritórias depois de assimiladas pela ordem dominante e quando já são consideradas inócuas?

As ações diretas que desobedecem o poder político não são um mero uso de força por aqueles que não detêm o poder, mas um uso que aspira mais legitimidade que as ações daqueles que controlam os meios legais de violência. Talvez fosse o caso de lembrar, mesmo para os cientistas sociais, que nossas instituições democrático-liberais são instrumentos de um poder que aspira o monopólio do uso legítimo da violência. Há assim, na desobediência civil, uma disputa de legitimidade entre a ação legal daqueles que controlam a violência do poder do estado e a ação daqueles que fazem uso da desobediência reivindicando uma maior justiça dos propósitos.

Os críticos da ocupação da reitoria, em especial aqueles que partilham do mesmo propósito (a defesa da autonomia universitária), podem questionar se a ocupação está conquistando, por meio da sua estratégia, legitimidade junto à comunidade acadêmica e à sociedade civil. Esse é um dilema que todos que escolhem este tipo de estratégia de luta têm que enfrentar e que os ocupantes estão enfrentando. Mas desqualificar a desobediência civil e a ação direta em nome da legalidade e da civilidade das instituições é desaprender o que a história ensinou. Seria necessário também lembrar que mesmo do ponto de vista da legalidade, nossas instituições não vão tão bem?

Independente de como a ocupação da reitoria termine, ela já conseguiu seu propósito principal: fomentar a discussão sobre a autonomia universitária numa comunidade acadêmica que permaneceu apática por meses às agressões do governo estadual e que só acordou com o rompimento da ordem.



Fonte: http://ocupacaousp.noblogs.org/


 

Assembléia geral dos estudantes



Tivemos hoje uma assembléia movimentada com, número recorde de participantes, muitos informes e inúmeras propostas.

Dentre as mais polemicas tivemos as votações de ocupação ou não da reitoria e da eleição ou não de delegados de unidades. As duas propostas foram negadas por contraste.



O informe mais aplaudido foi o de a Faculdade de Engenharia Elétrica ter votado em assembléia pelo apoio ao movimento de greve, numa presença histórica de mais de 150 alunos dos quais mais de 100 votaram pelo apoio.

Esperamos agora pela presença do maior número de pessoas possíveis no ato em São Paulo amanhã, com ônibus saindo do estacionamento da BC as 11h30

Veja mais fotos aqui

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