quarta-feira, 30 de maio de 2007

 

Ocupação da USP


Sobre a Desobediência Civil

Diante das manifestações de membros da comunidade acadêmica, inclusive de cientistas sociais, desqualificando a estratégia de desobediência civil e ação direta adotada pelos estudantes da Universidade de São Paulo que ocuparam a reitoria, gostaríamos de chamar atenção para alguns pontos.

Os críticos da ocupação enquanto estratégia argumentam que ela fere não apenas o princípio da legalidade, como também a civilidade e o diálogo e que, portanto, trata-se apenas de uma ação violenta, autoritária e criminosa.

As instituições civilizadas que esses críticos defendem, do voto universal para cargos legislativos até os direitos trabalhistas e as leis de proteção ambiental foram frutos de ações diretas, não mediadas pelas instituições democrático-liberais: foram fruto de greves (num momento em que eram ilegais), de ocupações de fábricas, de bloqueios de ruas. Não é possível defender o valor civilizatório destas conquistas que criaram pequenos bolsões de decência num sistema econômico e político injusto e degradante e esquecer das estratégias utilizadas para conquistá-las. Ou será que tais ações só passam a ser meritórias depois de assimiladas pela ordem dominante e quando já são consideradas inócuas?

As ações diretas que desobedecem o poder político não são um mero uso de força por aqueles que não detêm o poder, mas um uso que aspira mais legitimidade que as ações daqueles que controlam os meios legais de violência. Talvez fosse o caso de lembrar, mesmo para os cientistas sociais, que nossas instituições democrático-liberais são instrumentos de um poder que aspira o monopólio do uso legítimo da violência. Há assim, na desobediência civil, uma disputa de legitimidade entre a ação legal daqueles que controlam a violência do poder do estado e a ação daqueles que fazem uso da desobediência reivindicando uma maior justiça dos propósitos.

Os críticos da ocupação da reitoria, em especial aqueles que partilham do mesmo propósito (a defesa da autonomia universitária), podem questionar se a ocupação está conquistando, por meio da sua estratégia, legitimidade junto à comunidade acadêmica e à sociedade civil. Esse é um dilema que todos que escolhem este tipo de estratégia de luta têm que enfrentar e que os ocupantes estão enfrentando. Mas desqualificar a desobediência civil e a ação direta em nome da legalidade e da civilidade das instituições é desaprender o que a história ensinou. Seria necessário também lembrar que mesmo do ponto de vista da legalidade, nossas instituições não vão tão bem?

Independente de como a ocupação da reitoria termine, ela já conseguiu seu propósito principal: fomentar a discussão sobre a autonomia universitária numa comunidade acadêmica que permaneceu apática por meses às agressões do governo estadual e que só acordou com o rompimento da ordem.



Fonte: http://ocupacaousp.noblogs.org/


 

Assembléia geral dos estudantes



Tivemos hoje uma assembléia movimentada com, número recorde de participantes, muitos informes e inúmeras propostas.

Dentre as mais polemicas tivemos as votações de ocupação ou não da reitoria e da eleição ou não de delegados de unidades. As duas propostas foram negadas por contraste.



O informe mais aplaudido foi o de a Faculdade de Engenharia Elétrica ter votado em assembléia pelo apoio ao movimento de greve, numa presença histórica de mais de 150 alunos dos quais mais de 100 votaram pelo apoio.

Esperamos agora pela presença do maior número de pessoas possíveis no ato em São Paulo amanhã, com ônibus saindo do estacionamento da BC as 11h30

Veja mais fotos aqui

 

INFORMATIVO DA GREVE NA FEF # 5

O movimento de greve das três universidades estaduais paulistas vem crescendo consideravelmente. Ontem em assembléia da Adunicamp os docentes avaliaram a crescente mobilização dos institutos da Unicamp, sendo confirmada pela presença de maior número de docentes, que decidiram continuar a greve. Essa assembléia foi presenciada por um grande número de estudantes, muitos deles da FEF. Durante o período da tarde, houve reunião da Comissão Geral de Greve da FEF e reuniões das Comissões de Greve dos Estudantes da FEF (programação/divulgação, comunicação e mobilização). Estas comissões conduzem o movimento de greve na FEF e necessitam cada vez mais da participação de todos os estudantes! Finalizamos o dia com uma assembléia geral de estudantes da FEF, que contou aproximadamente com 120 presentes. Decidiu-se por encaminhar na Assembléia Geral dos Estudantes da Unicamp, a ser realizada hoje, a proposta de se escrever uma carta conjunta que tem por objetivo o esclarecimento à comunidade sobre a greve na Unicamp.

31/05/2007 – 12hrs ato integrado de funcionários e estudantes da Unicamp, USP e UNESP em frente ao Palácio dos Bandeirantes em São Paulo. Este é o primeiro Ato Integrado realizado fora das Universidades que busca uma tentativa de diálogo direto com o governador do Estado. Ressaltamos a importância de SUA presença nessa primeira possibilidade de reivindicarmos em CONJUNTO e PUBLICAMENTE. Muitos estudante já se inscreveram, procure uma lista e PARTICIPEM !!!

FUNCIONÁRIOS DA FEF DELIBERARAM GREVE.
Enfatizando a importância dessa categoria junto aos Estudantes e Docentes para o movimento de greve na FEF em conjunto.


PROGRAMAÇÃO:

30/05 - QUARTA-FEIRA

9:30 - Bicicletada CB
10:00 - reunião das comissões de greve da FEF (cantina)
11:00 - aula de Yoga (salão de dança)
12:00 - Assembléia Geral do Estudantes da Unicamp (PB). Após, ensaio para o Ato em São Paulo.
15:00 e 19:00 - Cine Greve FEF: exibição do filme “O que é isso, Companheiro?”

31/05 - QUINTA-FEIRA

10:00 - aula pública com Plínio de Arruda Sampaio – Reformas neoliberais, decretos e greve. CB
11:30 - saída para Ato no Palácio dos Bandeirantes. BC
17:30 - caminhada pela greve GGFEF, saída da FEF.

DÚVIDAS em relação à continuidade de pesquisas e uso dos espaços da FEF? Encaminhe uma carta formal para a Comissão Geral de Greve da FEF.

 

Infromativo de Greve 3

Em reunião geral ocorrida na manhã de 25/05, às 9h foi decidida a formação de uma comissão de greve, composta por alunos, professores e funcionários, a fim de discutir uma programação de atividades que ocorrerão até terça feira, quando a ADUNICAMP decidira os rumos da greve.
Na tarde de 25/05, os funcionários, em reunião, decidiram por “estado de greve” até terça, também em função da assembléia que reunirá os docentes da Unicamp.

O que acontecerá 28/05?
28/05 às 12h Reunião entre institutos para decisão sobre uma programação
Unificada !(Teatro de arena,Unicamp)
14h Debate na FEF com convidados para esclarecimentos e
diferentes opiniões sobre a greve e sobre os decretos do Serra.
19h Assembléia geral dos estudantes da FEF

O que já aconteceu?!
-Intervenção no CB
-Roda de capoeira aconteceu?!
-Intervenção no CB
-Roda de improvisação junto com IA e FE.
- Intervenção sobre a greve no “Pedalando na Unicamp”.
Na FEF
-Discussão Geral sobre a conjuntura de greve, implicações, conseqüências.
-Exibição do filme “Muito além do Cidadão Kane. 17h e 20h

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